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     O jornal Ipê Rosa é um meio de comunicação pelo qual temas atuais da sociedade, ainda que processos históricos, são refletidos criticamente, na perspectiva da emancipação do proletariado, na pretensão de contribuir e participar da formação política do povo. O grupo editorial do jornal, de direção coletiva, nasce no seio das contradições do capital no cerrado goiano. E tal qual a flora exuberante e resiliente do cerrado que resiste às queimadas para desabrochar uma outra vez em flor e vida, a resistência goiana emerge como condição de um povo historicamente achacado, espoliado e brutalmente explorado; para fazerem-se colher as flores reais que um dia foram só imaginárias. Desta forma, da tendência Classista do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o jornal Ipê Rosa firma compromisso irretorquível com a trabalhadora e o trabalhador.

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      Retomar a centralidade do trabalho, reevidenciar a luta de classes e recolocar a/o trabalhadora/or               como sujeito histórico da luta por sua emancipação em Goiás

 

     PSOL Classista!

 

   As eleições municipais de 2024 apontaram para caminhos que, mesmo contraditórios em sua aparência, apresentam sinais claros de profundas transformações na forma de se fazer política entre os partidos de esquerda. Não se advoga a ausência de avanços, especialmente em relação aos anos de 2016 até o presente. Muitas construções desfavoráveis à esquerda foram estabelecidas nesses últimos anos, influenciando negativamente a imagem que a sociedade tem da dinâmica de luta dos partidos de esquerda.

 

    Isso é um fato e merece uma reflexão adicional, uma vez que sua desconstrução, além de demandar tempo, necessita ser esmiuçada e ressignificada entre as classes sociais brasileiras. Por outro lado, é importante ressaltar que existem também pontos que merecem reflexão, especialmente na forma como os partidos políticos de esquerda vêm incorporando em suas práticas agendas que são mais reformistas e aderentes aos princípios do neoliberalismo do que aquelas que realmente apresentam uma motivação de transformação das condições de vida da classe trabalhadora.

 

      As ideias de revolução, comunismo, socialismo e luta de classes tornaram-se metanarrativas e, por isso, para os adeptos da teoria da pós-modernidade, conceitos com caráter ontológico, os quais não servem mais como utopias para as lutas entre o capital e o trabalho. Novas abordagens foram colocadas, especialmente aquelas relacionadas a uma forma de interpretar a realidade da luta do trabalhador. Assim sendo, os sonhos de uma sociedade revolucionária foram substituídos por uma ideia de edificação de uma sociedade moldada pelas aspirações da Social-Democracia-Liberal como único meio para a ascensão dos trabalhadores.

 

     Desse modo, a luta de classes foi substituída por uma visão neomarxista que foca no princípio de que as demandas sociais serão equacionadas a partir de uma lógica individualista que atribui demandas para a política pública, mas a partir de grupos específicos de interesse. Agora, as demandas não são mais da classe trabalhadora, mas dos grupos de interesse que se aglutinam e se fazem representar na estrutura do Estado.

 

     Com essa nova releitura da luta de classes, as demandas da classe trabalhadora, enquanto classe social, são pulverizadas e as bandeiras dos partidos de esquerda se fragmentam, facilitando, por conseguinte, que o capital condicione a própria luta de classes. É por meio dessa estratégia que as bandeiras de luta dos partidos de esquerda vão se fragmentando e, em seu lugar, são colocadas outras agendas que são aderentes ao princípio do individualismo, tão importantes para a edificação do neoliberalismo.

 

     Não é por outro motivo que reformas sociais são recolocadas nas agendas dos partidos de esquerda. Perde-se a utopia da luta por uma sociedade mais equânime e em que a classe trabalhadora seja dona do seu próprio destino. É nesse sentido que surge a tendência PSOL Classista, ou seja, para resgatar as bandeiras ocultadas da luta de classes e retomar a centralidade do Trabalho, reevidenciar a luta de classes e recolocar a/o trabalhadora/or como sujeito histórico da luta por sua emancipação.

 

     Isso significa uma ruptura com a práxis da atual política diretiva do PSOL Goiás que centraliza grupos específicos fragmentários; portanto, invertendo a lógica atual e dando lugar à construção de um projeto que evidencie a classe trabalhadora no centro do debate econômico, social, político e ideológico, alicerçado nos aportes ecossocialista e feminista, no enfrentamento às opressões de gênero, raça e LGBTQIAP+ e outras, e no combate à pobreza, à miséria e a toda forma de limitação a alimentação segura e saudável, segurança, saúde, educação, moradia, cultura, lazer e na defesa de condições dignas de vida no planeta, combatendo a crise climática. A questão central aqui, portanto, é a perspectiva classista.

 

     Não é por outro motivo que o diálogo entre as tendências internas do PSOL Goiás será o meio para a construção das novas utopias no partido. Diálogo este que, em nosso entender, deu lugar a uma tensão entre grupos específicos que disputam o comando da organização do partido em nível estadual nestes últimos anos, contribuindo para uma anorexia político-partidária e levando ao engessamento de nossa capacidade de lutar e nos mostrar como força política para dentro (com relação às instâncias partidárias em nível nacional) e para fora (em relação às forças progressistas e de esquerda do cenário político goiano).

No entanto, diálogo não significa submissão e muito menos cooptação. Significa debates para a construção ideias e para a edificação de um projeto com a sociedade, com as instâncias internas do partido e com as forças político-partidárias que tensionem este ambiente de fragmentação de lutas que oculta a perspectiva de classe.

 

     Reestabelecer a construção e avançar nas pautas da classe trabalhadora! Esse é o caminho perseguido pela tendência PSOL Classista. Por isso, convidamos as/os camaradas à construção dessa nova unidade partidária/tendência, com a certeza de que isso significa conviver com as diferenças, as divergências e as heterogeneidades próprias do PSOL, em especial, do PSOL Goiás.

 

    À luta por [e em] um PSOL Classista!

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